Nós, rizoma

Nós, rizoma (2025) é uma afirmação identitária, mas que recusa a identidade fixa. Propõe um “nós” (corpos, afetos, histórias) que não está plantado numa estrutura vertical ou em um ideal normativo (como no ballet clássico, por exemplo), mas sim enraizado em um solo comum, rizomático, múltiplo.
É um título que fala da impossibilidade de ser só, da necessidade de enredamento e da potência da impermanência. Se pensarmos na obra como uma fábula visual do corpo que se desdobra em vegetal, o título funciona como um sussurro filosófico: não somos um, somos muitos, e nossa forma é a do rizoma, mutável, subterrânea, afetiva.

Nós, rizoma (2025) is an identity statement, but one that rejects a fixed identity. It proposes a “we” (bodies, affections, stories) that is not planted in a vertical structure or in a normative ideal (as in classical ballet, for example), but rather rooted in a common, rhizomatic, multiple soil. It is a title that speaks of the impossibility of being alone, of the need for entanglement and of the power of impermanence. If we think this work as a visual fable of the body that unfolds into a vegetal, the title functions as a philosophical whisper: we are not one, we are many, and our form is that of the rhizome, mutable, subterranean, affective.